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terça-feira, 26 de junho de 2012

Fernando Pessoa em O Banqueiro Anarquista


"Um nasce filho de um milionário, protegido desde o berço contra o infortúnio -  e não são poucos - que o dinheiro pode evitar ou atenuar; outro nasce miserável, a ser, quando criança uma boca a mais numa família onde as bocas são de sobra para o comer que pode haver. Um nasce conde ou marquês, e tem por isso a consideração de toda a gente, faça ele o que fizer; outro nasce assim como eu, e tem de andar direitinho como um prumo para ser ao menos tratado como gente. Uns nascem em tais condições que podem estudar, viajar, instruir-se - tornar-se (pode-se dizer)  mais inteligentes que outros que naturalmente o são mais. É assim por aí adiante, e em tudo..."

Excerto da pagina 12

Mais citações e sugestão de leitura de O Banqueiro Anarquista de Fernando Pessoa:

4 comentários:

  1. Essa sugestão já aguarda leitura na minha estante, desde a Feira do Livro deste ano... :)

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    Respostas
    1. Olá Tete,

      Este foi um dos melhores livros que li até hoje. O mias impressionante é a atualidade do livro. Também é incrível como as suas previsões batem certo, como por exemplo a queda da URSS.

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    2. Thiago, se formos considerarmos este caso, todos os anarquistas são profetas. Já que antes de acontecer e durante o acontecimento da ditadura do proletariado eles (Proudhon, Bakunin, Kropotkin, Reclus) já falavam que ia virar uma tirania de uma classe minoritária (a burocracia partidária) sobre o povo. Deu no que deu!

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    3. Olá Munhoz,

      Não li os autores referenciados por isso não posso emitir opinião sobre eles.
      Neste livro, Pessoa, não criticou só as ditaduras do proletariado, a principal crítica é a ganância dos banqueiros. Há 5 anos atrás, muita gente dizia que ele tinha razão, mas que os banqueiros não eram como ele "os pintava", infelizmente está crise veio dar-lhe razão. TER MUITO DINHEIRO É A ÚNICA FORMA DE SER VERDADEIRAMENTE ANARQUISTA.

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