Com “O Sentido do Fim”, Julian Barnes
conseguiu um feito que só está ao alcance dos grandes escritores, vencer o Man
Booker Prize de 2011, prémio por muitos considerado como o segundo galardão
mais importante da literatura mundial.
“Sobre aquilo de que não sabemos falar
devemos guardar silêncio.”
É já na idade da reforma que Tony vesse
obrigado a recordar todo o seu passado. Uma carta de uma solicitadora com o
testamento de Adrian Finn, seu amigo de liceu e mais tarde namorado de uma ex-namorada
sua, Verónica, leva-o a percorrer as suas memórias. Assim que soube do namoro
entre Adrian e Verónica, Tony tinha cortado relações com o casal e desde então
não mais tinha tido notícias deles.
“Camus disse que o suicídio era a única
questão filosófica verdadeira”
Adrian era o mais inteligente do seu
grupo de amigos, era aquele que tinha o futuro mais promissor, só que, sem
razão aparente, comete o suicídio ainda na flor da idade. Será que ao optar
pelo suicídio escolhe a via mais simples? Será que cometeu um ato filosófico?
Ou será que a situação que vivia era bem mais complexa do que aquilo que
aparentemente demonstrava?
“Era capaz de jurar solenemente que, se
havia mente que nunca perderia o equilíbrio, era a de Adrian. Mas aos olhos da
lei, se nos matássemos, eramos loucos por definição pelo menos no momento em
que cometíamos o ato”
A solidão, o arrependimento pelo odio
que sentimos num determinado momento, as mentiras que se contam sobre o sexo,
as promessas de amizade eterna que se faz na adolescência e que mais tarde não se
cumprem, os amigos e familiares que se contactam só por e-mail ou a imperfeição
da nossa memoria são alguns dos outros temas abordados pelo autor.
“O que acabamos por recordar nem sempre
é igual ao que presenciámos.”
Com este livro, Julian Barnes demostra
que um pequeno livro pode ser uma grande obra.
Boa leitura…
Gostei da sugestão. Vou ler este também.
ResponderEliminarOlá Deise,
ResponderEliminarTenho a certeza que não vai dar o seu tempo como perdido.
Este foi o meu primeiro livro de Julian Barnes e tenho a certeza que não será o último.
Continuação de boas leituras.
Caro Tiago, obrigado pela visita ao "Mundo de K" e parabéns pelo blog! Abraços deste lado do Atlântico.
ResponderEliminarOlá Alexandre,
EliminarObrigado.
Continuação de boas leituras.
Foi bom recordar o livro com este artigo... Uma grande obra, de facto!
ResponderEliminarconcordo, é sem dúvida uma grande obra.
Eliminar"um pequeno livro pode ser uma grande obra." exatamente. Eu adorei o livro e me surpreendi bastante com a narrativa do autor!
ResponderEliminarOlá Gabi,
EliminarSeria difícil a outro escritor questionar tantas coisas em tão poucas palavras e com uma escrita bastante acessível.É sem dúvida um excelente livro.
Este livro parece ser muito interessante!
ResponderEliminarOlá Miguel,
EliminarOs meses vão passando, mas este livro continua a ser uma das melhores leituras de 2012.
Abraço
Vê-se ou se vê!
ResponderEliminarobrigada pelo correção.
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