O “Tigre Branco” marca a estreia de Aravind Adiga no mundo da literatura. Com este livro, Adiga, conquistou um dos mais prestigiados prémios literários, o Man Booker Prize 2008. O livro é narrado na primeira pessoa e tem como receptor o primeiro-ministro chinês.
Balram Halwai nasceu em Laxmangarh uma aldeia pobre da Índia, mas, este jovem não é como os outros, é uma “criatura que só aparece uma vez em cada geração”: Balram é um Tigre Branco.
Condutor de riquexó, o seu pai cedo revela-lhe um segredo, “toda a minha vida fui tratado como um macaco. O meu único desejo é que um filho meu…pelo menos um…viva como um homem”. Balram vê-se obrigado a deixar a escola e ir trabalhar para uma casa de chá quando ainda era bastante jovem. Mais tarde, parte para Nova Deli, onde consegue um emprego como motorista. Após ter cometido um grave crime, parte para Bangalore e torna-se num grande empresário da Índia. Ao longo da sua vida o Tigre Branco consegue sair da “escuridão” e passar para a “claridade”.
A obra mostra-nos o outro lado da Índia, um país em que os pobres não têm cuidados médicos, em que milhares de pessoas sonham ter algo para comer. Fala-nos da falsa democracia daquele país. O autor não vê grande diferença entre a Índia democrática e a China comunista. Adiga mostra-nos o lado “escuro” e pouco divulgado do gigante asiático.
“As pessoas livres não reconhecem o valor da liberdade”, afirma o autor. Ler o “Tigre Branco” é sem dúvida aproveitar essa liberdade.
Boa leitura…