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domingo, 17 de abril de 2011

Aravind Adiga - O Tigre Branco

O “Tigre Branco” marca a estreia de Aravind Adiga no mundo da literatura. Com este livro, Adiga, conquistou um dos mais prestigiados prémios literários, o Man Booker Prize 2008. O livro é narrado na primeira pessoa e tem como receptor o primeiro-ministro chinês.
Balram Halwai nasceu em Laxmangarh uma aldeia pobre da Índia, mas, este jovem não é como os outros, é uma “criatura que só aparece uma vez em cada geração”: Balram é um Tigre Branco.
Condutor de riquexó, o seu pai cedo revela-lhe um segredo, “toda a minha vida fui tratado como um macaco. O meu único desejo é que um filho meu…pelo menos um…viva como um homem”. Balram vê-se obrigado a deixar a escola e ir trabalhar para uma casa de chá quando ainda era bastante jovem. Mais tarde, parte para Nova Deli, onde consegue um emprego como motorista. Após ter cometido um grave crime, parte para Bangalore e torna-se num grande empresário da Índia. Ao longo da sua vida o Tigre Branco consegue sair da “escuridão” e passar para a “claridade”.
A obra mostra-nos o outro lado da Índia, um país em que os pobres não têm cuidados médicos, em que milhares de pessoas sonham ter algo para comer. Fala-nos da falsa democracia daquele país. O autor não vê grande diferença entre a Índia democrática e a China comunista. Adiga mostra-nos o lado “escuro” e pouco divulgado do gigante asiático.
“As pessoas livres não reconhecem o valor da liberdade”, afirma o autor. Ler o “Tigre Branco” é sem dúvida aproveitar essa liberdade.
Boa leitura…

10 comentários:

  1. Olá Tiago,
    Constato que já leu este fabuloso livro.
    O retrato que o autor nos dá da Índia é real. Confirmo porque estive lá no verão passado.
    Reparei que estamos a ler o mesmo livro "A questão finkler". Vamos comparar apreciações.
    Boas leituras!

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  2. Cara Teresa,

    O livro é mesmo fabuloso, já o li a obra há cerca de dois anos, a edição que li foi a segunda.
    Pouco tempo antes de ler "O Tigre Branco", tinha lido um livro de Frederico Rampini intitulado "China e Índia as Duas Grandes Potências Emergentes" e confesso que tinha ficado maravilhado com os resultados económicos destas duas grandes potencias. Pois bem, Adiga mostra-nos como esse crescimento é feito, sem o menor respeito para com os seres humanos, é “o salve-se quem poder” e a personagem deste livro salvou-se, coisa rara para quem pertence aquela "casta". Não é fácil de parar de ler, li o livro em poucos dias.

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  3. Grande Tiago

    É com grande prazer que venho até o seu espaço para trocar experiências literárias contigo.

    Você perguntou-me sobre um livro bacana da literatura brasileira. Eu indicaria de olhos fechados o livro de Ana Maria Gonçalves, "Um Defeito de Cor". Considero em meu humilde julgamento, o livro mais importante escrito na primeira década do século XXI aqui nos trópicos. A Editora é a Record ( Brasil).

    Não sei se vocês tem acesso a essa editora, ou os direitos foram comprados por alguma editora portuguesa. Mas é um livraço que eu a princípio recomendaria com muita tranquilidade.


    Um abraço cordial bem brasileiro

    Luiz Guilherme de Beaurepaire

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  4. Caro Luiz,

    Infelizmente a autora ainda não tem livros editados em Portugal, fico a aguardar uma nova sugestão.

    Um abraço.

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  5. Aqui está um livro que quero ler há muito tempo...

    Será uma das minhas prioridades este verão...

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  6. E valerá certamente bem a pena. O livro tem uma escrita bastante acessível, por isso é de fácil leitura. O que torna esta obra única é a frontalidade do autor, ele conta as coisas como elas são. É impressionante a falta de respeito de certos seres humanos tem com a sua própria espécie.

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  7. Donagata,

    Concordo plenamente.
    Hospitais sem médicos, populações de aldeias a votarem todas no mesmo candidato sem nunca terem ido às urnas, aldeias sem electricidade e sem agua, políticos que pensam apenas neles e não no bem estar das populações transformam este livro numa obra imperdível.

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  8. Este é daqueles livros que conseguimos ler em duas noites... Começamos e já não conseguimos parar!

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  9. Olá Carla,

    Também não consegui parar de ler. O livro está muito bem escrito. Também gostei de O Último Homem na Torres, mas para mim o Tigre Branco é superior.

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