Ao longo da sua carreira, José Rodrigues dos Santos, já vendeu mais de um milhão de livros. É, além de escritor, jornalista na RTP. Também lecciona jornalismo na Universidade Nova de Lisboa. Como repórter de guerra foi três vezes premiados pela CNN e duas pelo Clube Português de Imprensa. “ O Anjo Branco” é o seu mais recente livro.
Lisboa organizava uma das maiores exposições mundiais; as tropas de Hitler invadiam vários países europeus e milhares de refugiados, sobretudo judeus, esperavam na nossa capital por um barco que os levasse até a América; no país é decretado o racionamento de comida. É neste difícil ambiente que José Branco passa a sua juventude.
Durante os anos 60, Branco parte para Moçambique para exercer a sua profissão de médico. Em Lourenço Marques , Ronco, um amigo seu, é mal tratado por um superior hierárquico só pelo facto de ser negro, por defende-lo, José vê-se obrigado a partir para Tete. Localizado no interior de Moçambique, Tete é um dos locais onde a guerra está mais activa. José Branco adapta-se bastante bem a cidade e cria o Serviço Médico Aéreo de forma a levar os cuidados de saúde ao maior número de pessoas possíveis, José transforma-se num “Anjo Branco” pois presta serviço médico a todos, independentemente da sua raça, crença religiosa, ou nacionalidade. Até que um dia numa missão sanitária, José cruza-se com aquele que se vai tornar o mais aterrador segredo de Portugal no Ultramar, o massacre de Wiriyamu. “Nos filmes e nos livros os bons nunca eliminam mulheres nem crianças e só matam os maus em última instância. O mundo real não é assim.”
Um romance histórico, mas que pode-nos ensinar bastante para o nosso futuro.
Boa Leitura…
Ofereceram-me este livro à pouco tempo. Parece-me bastante interessante. Vou lê-lo recentemente.
ResponderEliminarBoas leituras!
Cara Landa,
ResponderEliminarO livro é de fácil leitura, até parece mais pequeno quando o lê-mos do que é na realidade.
A reconstituição histórica está espectacular, mas dessas histórias podemos retirar ensinamentos para os nossos dias. O autor explica-nos que em África os negros tinham menos direitos que o gado, é normal que perante tais circunstâncias as pessoas se revoltem e queiram uma vida melhor.
JRS aborda em vários dos seus livros a dramática vivência da longa noite de ditadura em Portugal e, claro, no caso em apreço, nas antigas Colónias.
ResponderEliminarEste, tem a particularidade de passar por factos que lhe são muito próximos e, por isso, ainda mais valor tem. Aliás, tenho lido todos os seus romances e, quando acabo, parece-me sempre o melhor.
Abraço
Silvestre Félix (Volta do Duche)
Caro SBF,
ResponderEliminarAdorei a reconstituição histórica, não só da Guerra Colonial, mas também de como era Portugal no período da Segunda Grande Guerra. Confesso que a meio do livro comecei a sentir que esperava mais de um autor tão consagrado, (foi o meu primeiro livro de JRS) e na última parte do romance apareceu aquilo que julgava faltar na obra, contemporaneidade, pois ainda hoje, muitas forças militares continuam a fazer as maiores atrocidades que podemos pensar por este mundo fora. O que alí esta retratado, infelizmente ainda hoje vai acontecendo.
Por tudo isto, "O Anjo Branco" é um dos melhores livros que li até hoje.
Olá Tiago,
ResponderEliminarContinua na descoberta dos novos autores portugueses. É assim mesmo...
Nunca li este autor. Sobre este livro já ouvi dizer bem e muito mal, nomeadamente que fugia um pouco à verdade dos factos.
Depois do seu comentário fiquei curiosa. Talvez o compre...
Eu continuo às voltas com a minha maratona. Vou confidenciar-lhe que estou um pouco cansada do mesmo registo.
Boas leituras!
Cara Teresa,
ResponderEliminarEste foi o meu primeiro livro de JRS. O livro é um romance, não é um documento histórico, o próprio autor revelou que existe ficção no livro. Contudo, e essas são quanto a mim as principais mensagens do livro, é espectacular a descrição de como são as guerras são na realidade, assim do que acontece quando certo tipo de pessoas tem poucos ou quase nenhuns direitos, e também de como o racismo consegue bloquear a cabeça de muita gente.
No que diz respeito a sua maratona de leituras, eu, era incapaz de ler tantos livros do mesmo autor de forma seguida. Já acabou “A Questão Finkler”?
Beijos.
Gostei mais d'"A vida num sopro". Embora os temas tratados em "Anjo Branco" sejam interessantes, bem como o contexto histórico, acho que não eram necessárias tantas páginas para contar aquela história.
ResponderEliminarMoura,
ResponderEliminarSim, o livro tem partes que para o desenvolvimento da história são irrelevantes, por isso concordo que podia ser mais curto, mas essas partes não são maçudas o que ajuda a leitura do livro.
JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS vende aos milhões...
ResponderEliminarJOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS o 575
é verdade tem uma fábrica, com operários especializados (os pesquisadores de dados), e a editora encomenda-lhe não livros mas 575 páginas de cada vez (já repararam concerteza que os livros dele têm todos a mesma grossura), e a fábrica põe-se a laborar...o que vale é que dá emprego a muita gente!
Olá Seve,
ResponderEliminarEste continua a ser o meu único livro do autor.
Sim, concordo com o comentário, mas tenho que admitir que tem bons operários, pois a informação é muito boa.
Acho José Rodrigues dos Santos um excelente contador de histórias, mas é claro, não tem a profundidade, nem de perto nem de longe, de autores como António Lobo Antunes.
Está registrado meu amigo. Vou procurar para comprar aqui no Brasil. Obrigada pela dica.
ResponderEliminarOlá deise,
EliminarEste livro é um bom romance histórico. A escrita de José Rodrigues dos Santos é muito acessível e de fácil leitura. Quando acabei o livro estava encantado, hoje, com o passar do tempo não considero um dos melhores livros que li até hoje, mas é no entanto um excelente livro.