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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Luís Lourenço - Mourinho a Descoberta Guiada


Amigo próximo de José Mourinho á várias décadas, Luís Lourenço é o autor dos únicos dois livros oficiais do treinador português. As suas obras encontram-se traduzidas em inglês, japonês, grego, turco e italiano. O seu mais recente trabalho, “Mourinho a Descoberta Guiada”, além de contar com a participação do próprio José Mourinho, contou ainda com a colaboração especial de Didier Drogba, Deco, Vitor Baía e Jorge Costa jogadores carismáticos que foram liderados pelo treinador natural de Setúbal.
O autor explica-nos de uma forma simples e prática todos os principais factores que fazem de Mourinho um líder reconhecido mundialmente e ajuda-nos a compreender como é que esses mesmos factores podem ser aplicados ao mundo das empresas e das organizações em geral. Motivação e liderança; definição de estratégias e alinhamento de objectivos; potenciar o trabalho de equipa para a obtenção de elevado rendimento; colocar o interesse da equipa acima de interesses individuais; são temas abordados ao longo do livro.
Mourinho dá alguns exemplos: para ele não á jogos fáceis, por isso, todos os jogos são preparados da mesma forma. Acredita que os jogadores só podem jogar no limite se treinarem no limite. Também, apenas acreditando intrinsecamente que se ganha é que se pode ganhar. Crê ainda, que um líder moderno não se posiciona no “topo da pirâmide”, mas sim no centro do círculo. Partindo destes exemplos, entre outros, Luís Lourenço explica-nos como a forma de liderança de Mourinho pode ser aplicada no mundo empresarial.
Boa leitura…

domingo, 8 de agosto de 2010

Valter Hugo Mãe - a máquina de fazer espanhóis




               Aos 38 anos, “a máquina de fazer espanhóis” é o quarto romance de Valter Hugo Mãe. Natural de Saurimo, em Angola, o autor vive actualmente em Vila do Conde. Faz da sua forma de escrever uma “imagem de marca” pois nunca utiliza as maiúsculas nos seus trabalhos. Segundo o autor, com isso, consegue estar mais próximo do modo como falamos, pois as pessoas não falam com maiúsculas. Em 2007 foi galardoado com o Prémio Literário José Saramago.
              “a laura morreu, pegaram em mim e puseram-me no lar com dois sacos de roupa e um álbum de fotografias. foi o que fizeram. depois, nessa mesma tarde, levaram o álbum porque achavam que ia servir apenas para que eu cultivasse a dor de perder a minha mulher. depois, ainda nessa mesma tarde, trouxeram a imagem da nossa senhora de fátima e disseram que, com o tempo, eu haveria de ganhar um credo religioso, aprenderia a rezar e salvaria assim a minha alma.” E foi assim que o senhor Silva chegou ao “feliz idade”, nome que tinha o lar para onde foi viver. Esta é uma história trágica e divertida de alguém, que aos 84 anos, vê toda a sua vida transformada após a morte da “mulher que amou e com quem partilhou tudo durante meio século.”
               Um livro polémico e bastante corajoso onde o autor critica os lares (“feliz idade, assim se chama o matadouro para onde foi metido”), critica também a crença em Fátima e em Deus (“não há nossa senhora, não há deus, e fátima é só um lugar onde as pessoas ficaram doentes da cabeça”), fala da nossa história, mas é, sobretudo, uma crítica a sociedade actual e ao modo como lidamos com os nossos idosos.
Boa Leitura…