“Pelos seus romances e contos, nos quais o fantástico e o real estão combinados em um mundo de imaginação ricamente composto, reflectindo a vida e os conflitos de um continente.”Foram estas as palavras, que em 1984, a Academia Nobel referiu para justificar a atribuição do Prémio Nobel da Literatura a Gabriel García Márquez. Um ano antes, o autor publicava “Crónicas de Uma Morte Anunciada”. Márquez completou 84 anos no passado dia 6 de Março.
“No dia em que iam mata-lo, Santiago Nasar levantou-se às 5.30 da manhã para esperar o barco em que chegava o bispo.” É com estas palavras que o autor começa as “Crónicas de uma Morte Anunciada”, também, logo no final do primeiro capítulo, o autor revela que “Já o mataram.” Somos assim levados a ler o romance não para saber se a personagem ira morrer, mas sim para saber onde o mataram, porque o mataram e como o mataram. A história decorre numa pequena aldeia colombiana cuja única ligação com o exterior é um rio, aí decorre a festa de casamento entre Bayardo San Román, um homem recém-chegado há aldeia e bastante rico, com Angela Vicario. Mas na noite de núpcias, Bayardo descobre que a sua amada não é virgem.
Uma noiva, que por não ser virgem volta para casa dos país; dois irmãos dispostos a matarem quem tirou a virgindade da irmã, para restabelecer a honra da família; uma população inteira que sabendo das intenções do assassinato nada faz para evitar um crime anunciado; juntamente com o Realismo Mágico que Garcia Marquez escreve como ninguém, transforma este livro numa obra imperdível.
Boa leitura…