“O Planalto e a Estepe” é o mais recente trabalho de Pepetela. Natural de Angola, Pepetela é licenciado em Sociologia e é docente na Faculdade de Arquitectura da Universidade Agostinho Neto. Em 1997 tornou-se o mais jovem autor a receber o Premio Camões.
Baseado em acontecimentos reais, ficcionado pelo autor, o livro conta a história de Júlio Pereira desde os anos 60 até aos nossos dias. Júlio nasceu em Angola, num Planalto. Cedo apercebe-se que existe racismo em Angola, pois na sua aldeia, discriminam os seus amigos por estes serem negros. Ainda bastante jovem deseja a libertação do seu povo da opressão do colonialismo. Depois de acabar o liceu, parte para Portugal para estudar em Coimbra, o regime salazarista obriga-o a ir lutar contra os revoltosos em Angola, como iria combater pelo lado contrário ao seu coração vai para Argel e mais tarde para Moscovo com o intuito de formar-se para depois ajudar na independência de Angola. Em Moscovo conhece Sarangel, uma jovem rapariga mongol, natural da estepe, filha de um ministro da defesa Mongol, que ao saber da notícia do namoro da sua filha com um jovem africano decide separá-los. Ao longo da sua vida Júlio apercebe-se que, infelizmente, existe discriminação entre todos os grupos sociais.
A partir do momento da separação, Júlio irá lutar apenas por duas coisas: por reencontrar Sarangel e por um futuro diferente para Angola.
Este é um romance sobre o triunfo do amor, contra todas as vontades e todas as fronteiras.
Boa leitura…
Estou esperando a tua opinião sobre o livro da Laura Esquivel...
ResponderEliminarNunca li Pepetela, mas tenho interesse em descobrir a obra dele.
Apenas li esta obra do autor. Gostei e tenciono voltar a ler outros livros dele. Não a considero uma obra-prima, mas sim um bom livro. De um a dez, dava-lhe nota sete.
ResponderEliminarA minha próxima sugestão será sobre o livro de Laura Esquivel.
De fato, a perspectiva histórica é o ponto alto do livro. Mas acho sua nota 7 muito baixa, podia ser mais generoso! Obrigado pela visita.
ResponderEliminarLuiz,
ResponderEliminarAlém da parte histórica, é impressionante como a descriminação está presente em toda a obra. Continuo a afirmar que este livro é um bom livro, pois além de ter uma parte histórica, tem uma história de amor bastante interessante e consegue falar de coisas que ainda acontecem hoje em dia. O facto de falar no sete, deve-se ao facto de a escala ir de um a dez e não de cinco a dez. Geralmente ninguém dá nota inferior a cinco, mas existem livros que nem dois merecem.
De fato este livro me tocou, a identificação com o personagem e a história romantica, acaba revelando um vertadeiro estereótipo dos conflitos impostos ao indivíduo pela sua história, natureza, pessoas, sistema, família.
ResponderEliminarUma das coisas que mais me marcou neste livro foi a constatação que infelizmente o racismo existe em todos os grupos sociais. A história de amor também é bonita
ResponderEliminarPepetela, O escritor angolano mais lido, volta a encantar e a dar provas da sua genialidade literaria, ainda sobre Pepetela sugiro que leiam também O quase fim do do mundo
ResponderEliminarElieser,
ResponderEliminarObrigado pelo sugestão. Espero voltar a ler Pepetela em 2012.
Li esta obra recentemente e o que mais gostei foi a forma como o autor representou como o homem lida com as questões que envolvem o indivíduo perante um ideal coletivo passando pelas relações de poder, hipocrisias e contradições frequentes nas idiossincrasias humanas de todos os continentes.
ResponderEliminarConcordo com a sua opinião.
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