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quinta-feira, 2 de junho de 2011

A Questão Finkler - Howard Jacobson

Aos 68 anos, Howard Jacobson viu o seu romance “A Questão Finkler” ser premiado com o Man Booker Prize de 2010, um dos mais importantes prémios literários mundiais. Já foi professor na Universidade de Sidney. De origem judaica, vive actualmente em Inglaterra.
 A história desenrola-se em torno de três amigos: Julian Treslove, Libor Sevcik e Sam Finkler. Libor é um judeu e antiga estrela de Hollywood, mantinha uma relação extremamente afectuosa com Malkie, sua mulher, cuja morte o deixou profundamente abalado. Finkler também é judeu, é um autor consagrado de livros de auto-ajuda, casado, vê a sua mulher converter-se ao judaísmo, mas Finkler é um judeu que condena os ataques de Israel à Palestina, recentemente tornou-se no líder dos Judeus Envergonhados. Treslove já foi professor, mas não conseguiu manter-se nessa profissão durante muito tempo, já teve várias mulheres, mas acabam sempre por o abandonar, tem dois filhos, mas mal os conhece, até ao falecimento da mulher de Finkler, mantinha uma relação estritamente sexual com esta. Translove mantém uma obsessão na sua vida: converte-se ao judaísmo.
                É através destas três personagens que ficamos a saber os costumes religiosos dos judeus, ou como ainda hoje são um povo perseguido. Também nos informa das atrocidades praticadas na Palestina. Fala-nos do holocausto e de como os europeus obrigaram os judeus a formar o estado de Israel. Com uma lucidez invejável, sem fanatismos religiosos ou políticos e sempre dando o ponto visto dos vários lados, Howard Jacobson faz uma profunda reflexão sobre as causas judaicas tanto passadas como futuras. A Questão Finkler bem se podia chamar As Questões do Judaísmo.
                Boa leitura…

5 comentários:

  1. Olá Tiago,
    Agora é que vou mesmo acabar a minha leitura...
    Boa síntese. Continue.

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  2. Boa tarde Teresa,

    Obrigado pelo seu comentário.
    Gostei do livro, é uma profunda reflexão sobre o judaísmo e as suas causas. Contudo, acho que o livro tem uma lacuna, não aponta nenhum caminho para o fim da perseguição dos judeus em todo o mundo, além disso, não encontra solução para o fim das atrocidades cometidas em Gaza pelos judeus ao povo palestiniano. Ou seja, ele identifica muito bem os problemas, analisa-os de vários pontos de vista, mas fica por aí. É obvio que o júri do prémio sabe muito mais de literatura do que eu, mas a opinião do leitor que sou, é que para ser uma obra-prima falta-lhe essa parte.

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  3. Bom dia Teresa,

    Quando acabei de ler este livro, achei que o autor tinha exagerado relativamente aos problemas que poderiam causar o fanatismo religioso. Sabia que infelizmente ainda há bastante fanatismo religioso por todo o mundo, mas nunca pensei que no "velho continente" pode-se chegar ao ponto que chegou.
    Infelizmente os recentes atentados na Noruega mostram que o autor tinha razão.

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  4. Acabadinho de ler...

    http://numadeletra.com/17407.html

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  5. Nunca li nenhum livro em que as causas judaicas, tanto passadas como futuras fossem tão bem expostas. Esta obra vale sobretudo por isso.

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