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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Aproveitem a Vida - António Feio

       Após ter travado uma longa luta contra o cancro, António Feio deixo-nos a 29 de Julho de 2010, mas tal como Jorge Mourato afirma neste livro “as pessoas só morrem quando nos esquecemos delas” e são muitos aqueles que nunca o vão esquecer. Neste livro, António Feio fala-nos do seu percurso de vida, dos difíceis anos que passou até ser um consagrado actor e encenador, e revela-nos também a sua luta diária para tentar vencer o cancro, além disso, agradece o apoio que sentiu de muita gente.
       Natural de Lourenço Marques, actual Maputo, foi já em Portugal com a tenra idade de 11 anos que se estriou como actor no Teatro Experimental de Cascais. Mais tarde, no inicio da sua carreira e já pai de uma menina, revela-nos que “às vezes, para ganhar mais umas massas, trabalhava com o meu irmão num negócio dele. Tinha que acumular isso com o meu horário de trabalho que ia das 15h00 às 00h00.” Foi já na década de noventa, após ter representado com José Pedro Gomes a “Conversa da Treta” que o público passou a tê-lo como um dos actores de referencia a nível nacional, foi a partir daí que viu o esforço de uma vida ser recompensado. O livro fala-nos muito dos seus últimos anos de vida, sobretudo da fase após saber que tinha cancro, “ a grande lição que tiro desta doença é que andei a tratar mal o meu corpo. Estiquei-me! Isto no meu caso, é claro. Se voltasse atrás tratá-lo-ia melhor”.
      Apesar de saber que tinha uma doença em que a probabilidade de cura era baixa, nunca baixou os braços. Por isso, pelo seu percurso profissional, António feio é um exemplo a seguir.   
      Boa Leitura…

2 comentários:

  1. Nunca fui fã confessa de António Feio. No entanto, acompanhei através da imprensa a forma digna e corajosa como lutou contra a doença, como se preparou para a morte e se preocupou em deixar-nos alguns recados "aproveitem a vida, não deixem nada por fazer". Lamentavelmente continuamos a evitar pensar que a morte é a nossa única certeza.

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  2. Para ser sincero, raramente leio um livro autobiográfico, (não é o meu estilo de livros) mas, o facto de gostar bastante do António como actor fez-me comprar o livro. Não estou arrependido, é de louvar a forma como lutou, não só na doença, mas ao longo de toda a vida. Por aquilo que nos deixa transparecer, foi bastante feliz "enquanto cá andou", mesmo durante o tempo em que as coisas não lhe corriam de feição, talvez isso seja a mensagem mais importante deste livro.

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