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sábado, 17 de julho de 2010

Manuel Alegre - O Miúdo que Pregava Pregos numa Tábua


Natural de Águeda, Manuel Alegre nasceu a 12 de Maio de 1936. Estudou em Lisboa, no Porto e na Faculdade de Direito de Coimbra. Em 1963 foi preso pela PIDE, onde esteve seis meses na Fortaleza de S. Paulo, em Luanda. Foi vice-presidente da Assembleia da República de 1995 a 2009. A sua obra inclui romances, contos, ensaios, mas é, sobretudo, a poesia que caracteriza o autor. São vários os prémios literários conquistados por si, entre os quais se destaca o Prémio Pessoa.
“Um livro é como uma estrada, muitas são as curvas, ora avança ora recua.” Com este seu novo trabalho, Manuel Alegre, avança e recua no tempo para nos contar histórias e aventuras da sua vida. De uma dessas histórias nasceu o nome do livro, o Miúdo que Pregava Pregos numa Tábua, contudo, o autor avisa-nos logo no início da obra que “ninguém ao certo sabe quem é nem se o que foi chegou a ser ou se é fruto da imaginação ou de algo que alguém contou não se sabe quando nem a quem”, por isso, fica a incerteza no ar, será que as histórias narradas no livro foram reais ou fruto da sua imaginação? Real, foi a promessa que nos revelou, “de dez em dez anos se olhará assim naquele ou noutro espelho para saber se será sempre o mesmo ou se o que parecerá sempre não poderá ser afinal outro. No rosto e no resto.”
Será que o miúdo que pregava pregos numa tábua seria o mesmo, agora mais velho, que ganharia corridas de natação? Ou o mesmo que queria continuar os Lusíadas? Também seria esse miúdo, que mais tarde em Paris no escaldante ano de 1968 descobriu que todos nós somos exilados políticos?
Boa leitura…

5 comentários:

  1. Com franqueza não consigo deixar de ler a obra sem nela encontrar um meio "discreto" de propaganda eleitoral:vejam como sou,conheçam-me intimamente...etc.Há até momentos de excessiva intimidade,dispensável,deselegante e abusiva da intimidade de quem lê quem ler a obra percebê-lo-á.De resto, a sua qualidade literária também não abona.Confesso nunca ter sido grande apreciador do autor...

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  2. Li este livro há pouco tempo, gostei, mas confesso que gostei mais do livro "A Terceira Rosa"
    Recomendo!

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  3. Li também à pouco tempo este livro e gostei. Contudo considero que existem partes que são pouco apelativas chegando até aserem um pouco aborrecidas. Na minha opinião e dos livros que já li deste autor acho que "Cão Como Nós" é muito melhor. Adorei esse livro e recomendo vivamente.

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  4. Foi o único livro que li de Manuel Alegre. Concordo que foi editado a pensar nas eleições presidenciais (contudo foi com espanto que vi registado o seu gosto pela caça, confesso que pessoalmente não tenho nada contra, mas não é um desporto que está em moda, antes pelo contrario) Também gostei da sua escrita poética, o livro tem fases que apenas e só por elas merecem a leitura deste trabalho.

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