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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O Banqueiro Anarquista de Fernando Pessoa sobre o que vai acontecer à Libia

Sobre o que vai acontecer na Libia:

"Um regímen revolucionário, enquanto existe, e seja qual for o fim a que visa ou a ideia que o conduz, é materialmente só uma coisa – um regímen revolucionário. Ora um regímen revolucionário quer dizer uma ditadura de guerra, ou, nas verdadeiras palavras, um regímen militar despótico, porque o estado de guerra é imposto à sociedade por uma parte dela – aquela parte que assumiu revolucionariamente o poder. O que é que resulta? Resulta que quem se adaptar a esse regímen, como a única coisa que ele é materialmente, imediatamente, é um regímen militar despótico, adapta-se a um regímen militar despótico. A ideia, que conduziu os revolucionários, o fim, a que visaram, desapareceu por completo da realidade social, que é ocupada exclusivamente por fenómenos guerreiros. De modo que o que sai duma ditadura revolucionária – e tanto mais completamente, sairá, quanto mais tempo essa ditadura durar – é uma sociedade guerreira de tipo ditatorial, isto é, um despotismo militar. Nem mesmo podia ser outra coisa. E foi sempre assim."


4 comentários:

  1. Sei que estou passando por uma fase de completa revolta, o país em que vivo tem uma "esquerda no poder" que dá esmola aos pobres e com isso se mantém. Isso para mim é quase uma ditadura.
    Bem, não li este livro, mas já vi pela citação acima que vou gostar dele. Infelizmente as "boas intenções" somem depois que se assume o poder: "E foi sempre assim".

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  2. Gisela,

    A imagem que passou aqui para a Europa sobre o mandato de Lula da Silva, é que ele fez um autêntico milagre económico. O seu nome tem sido referido como um dos possíveis Nobeis da Paz dos próximos anos. Tenho por hábito apontar as partes dos livros que mais gosto, relativamente ao Banqueiro Anarquista, isso foi difícil, pois dava-me vontade de passar toda a obra.

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  3. Tiago
    Acreditei que o PT fosse mudar as coisas aqui, o brasileiro precisa de educação, saúde, etc... O meu pai sempre disse "Não se deve dar o peixe, mas sim ensinar a pescar!" Aqui, vão iludindo o povo com bolsa isso, bolsa aquilo, cota nas universidades para negros, para estudantes de escolas públicas, mas o importante mesmo, que é investir na educação para que o povo possa por seus próprios meios crescer, não o fazem, pois assim correm o risco de que o povo passe a PENSAR e isso não interessa. Estou cheia de demagogia. Mas vamos deixar isso para lá.
    Adorei como água para chocolate, a autora através de uma linda história de amor, mostra todo o sofrimento de seu povo. Infelizmente a América do Sul (aqui inclui o México também) ainda está muito longe dos padrões culturais dos europeus.
    um abraço.

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  4. Gisela,

    Não vivo no Brasil, por isso tudo o que disser, é aquilo que os media nos dizem a nós que estamos do outro lado do atlântico. Foi ao Brasil em 2005, (Rio de Janeiro e Natal) no Rio fiquei impressionado com o grande contraste que existe na cidade. Tive na Rocinha e o que vi é indescritível. É impressionante estar num sítio tão pobre e ver os magníficos edifícios de Copacabana com toda a sua riqueza
    Relativamente a “Com Agua para Chocolate” estou a meio de livro, só gosto de dar opinião sobre os livros depois de os acabar. Até ao momento estou a gostar, não parece um grande livro, mas um daqueles livro que dá bastante prazer em ler e que e bom para fazer passar o tempo. Confesso que tenho alguma dificuldade em distinguir o que é realismo mágico do que é realidade, julgava que aquela historia da ultimo filha não se poder casar era ficção, mas depois de pesquisar na net vi que é verdade.

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